1 de junho de 2009

Aflição de dormir

Sono vem
A cama e o cobertor convidam.
Corpo não se vai
Os pensamentos precipitam.

Dormir é sempre uma morte
É a angústia que não acalma.
Mas é preciso seguir o norte
Para o fim do mundo das almas.

Para amanhã se fazer o claro.
Para amanhã se arrepender
De não ter se entregado
E assim ver o dia nascer.

Vai pensamento, gasta-te
Todo nestas entrelinhas.
Cansa a cabeça, para assim,
Quando o fechar dos olhos chegar,
Não venha aquela culpa,
Não venha aquela menina,
Não venha a desilusão,
Não venha a dúvida,
Não venha a insônia.

Já é meia-noite. Tenho de ir.
O pensamento não calou.
O corpo não descansou.
Mas é preciso dormir.
Boa noite.

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