11 de fevereiro de 2013

Uma pausa de carnaval


Hoje é segunda-feira. Uma segunda que é de primeira.
Não precisa-se trabalhar e ainda vem salpicada de confete, serpentina e mijo quente de carnaval. O Brasil vem seguindo o trio elétrico comando por coreano.

Vai Brasil. Vai que depois eu te alcanço...

Porque hoje é segunda de carnaval e eu tô aqui de papete com estampa combinando com a flanela do meu pijama. Depois de 28 carnavais, me reservei para uma parada técnica.

Estou aqui na concentração da sala de estar e a dispersão do meu quarto de dormir. No fundo, nada de batucadas. Só a chuva paulista que veio pra melar a alegria de muita gente.  

Não estou me embriagando com cerveja quente. Estou é sim tomando H2OH com gelo e limão. Não estou "compartilhando" felicidade no Instagram. Pelo contrário, resolvi fazer um detox das redes sociais, que é outra zorra!

Até minha TV foi esterilizada. Nela nem pega canal que se presta a mostrar gente se pegando em Salvador ou qualquer lugar assim. Todo programa que vier com o substantivo "Folia" na descrição está sumariamente bloqueado com uma senha mais difícil que a dos canais pornôs. Tratei de baixar filmes antigos e aqueles que ainda não vi para o Oscar desse ano. Já vi uns quatro. Cada filmão!

Ontem, no final da tarde, ouvi gritos de uma horda tomando a Vila Madalena.
A invasão carnavalesca estava sendo feita em blocos contra qualquer resistência.

Então, eu, um refugiado da folia, fui deportado para uma sala de cinema de shopping. Bunker como esse não há, meu amigo!
Se tivessem um desse, a Alemanha não teria perdido a guerra.

E pra dizer que não sou contra o Brasil, fui assistir ao documentário do Nelson Pereira dos Santos sobre o Antônio Carlos "Brasileiro" Jobim. Que, obviamente o sobrenome já diz, tem a cara do Brasil, mas o Brasil do Jardim Botânico.

Sei que igual a mim deve ter montes. Amigos, juntos faríamos nosso próprio bloco:
"Relaxa que a minha cama tá pagando mais".

Não estou nas propagandas de cerveja, nas multidões de Salvador, Ouro Preto e São Luiz do Paraitinga. E na quarta-feira de cinza, por favor, nem perca seu tempo, pois não terei grandes epopeias pra contar.

Posso até parecer que estou chato pra caralho.
Mas pelo menos não minto. 

Nenhum comentário: