Ah, a simplicidade da vida às vezes nos complicam. Como seria enxergar a vida de uma forma simples, alegre e cheia de lições para aprendermos. O coração bate com a energia divina. A felicidade está logo ali, no primeiro cruzamento, mas não conseguimos enxergá-la. Nós nos damos nossos próprios nós.
Em vez de seguir reto, preferimos entrar primeira à direita.
Tem alguns casos que não podemos explicar também. Algumas vezes entrei em uma perfeita discussão sobre as nuances da vida. Daquelas conversas que temos no bar próximo da faculdade e que não nos acresecentam em nada - apenas falamos.
Nesta conversa que tive com uma grande amiga, estava comentando sobre o jogo inútil e bobo que todos nós fazemos quando conhecemos alguém. Quando gosto de alguém, não queria disfarçar, não ligar, não fazer, parar tudo, somente porque quando fingimos esquecer, a pessoa poderá "correr" atrás.
É engraçado, mas preferimos calar algo tão bonito e infantil como nosso sentimento para dar espaço para uma psicologia reversiva perversa que nós dão um milhão de nós na garganta - "Poxa, por que ela não liga?"
Ao crescer, somos obrigados a entrar neste jogo, senão "você se fôde", como dizia minha amiga. Não posso ser quem sou no primeiro encontro? Tenho que fazer a minha média. E sabe por que? Para que possa sair com ela mais uma, duas ou cem vezes e ai sim mostrar quem eu sou. Neste ponto é que acontecem as maiores guerras dos sexos. Ela também não era quem demonstrou ser. É tão ciumenta como qualquer outra pessoa (o ciúme é o perfume do amor, dizia Vinicius de Moraes).
Podemos encurtar todo este sofrimento bélico pós primeiro encontro. Basta ser quem você costuma ser. Quebrar aquela regra de ser "comportado", legal, interessante e dizer coisinhas engraçadas.
Bom, vamos lá. Imaginem a cena: Ele, de calça jeans surrada e camisa do seu tio candidato a vereador (notem que digo por experiência própria, estas camisas são muito confortáveis). Ela, com aquela calça e blusa moleton(preferência nacional). Os dois chegam no restaurante, ela reclamando que não está combinando (embora tenha demorado três anos para se arrumar) e ele coçando a parte inferior esquerda de suas nádegas. Ao entrarem ela já fica com a cara fechada, pois a hostess - inteligentíssima, por sinal (lembrem que tudo isso não passa de imaginação) - dá uma olhada bem direta para ele. Enfim, já na mesa, a educação do rapaz é algo notável. Só faz merda e não para de falar besteira. Ela, por sinal, envergonhada, tenta corrigi-lo um milhão de vezes, sem sucesso. O encontro termina com os dois juntos contando piada e falando mais besteira. Ele comentando a inteligência da hostess e ela querendo morrer.
Isso é amor.
Engraçado se fosse sempre assim né? Por que não quebrar os paradigmas.
Todo amor que houver nessa vida pra vocês... eu quero a sorte de um amor tranquilo...
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