10 de maio de 2008

Volte, sua cachorra!

Por hora eu só lembro da sua alegria.
Quanta tristeza cabe numa felicidade?
Minhas mãos me aterrorizam.
Mãos que afagaram seus pelos eriçados,
mas que infligiram a dor na carne.

Seu olhar sempre me banhou com um dilúvio de carinho.
Olhar que desviei, que desprezei.
Desprezei aquele que me quis bem.
Desprezei o amor de Deus.

Assim, ganhei o frio do inferno. Esse inverno sem fim...
Como o vento que só faz acender a brasa,
o tempo só faz aumentar essa saudade que não cabe no meu peito de homem.
Imensamente.

Volte pelo amor de Deus, se há um Deus nas alturas.
Volte que eu me sentencio, eu me peno, eu juro.
Volte que eu te dou aquela caixa de biscrok.

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