Como diz muito bem o título, essa é a história do menino que não arrumava nem com reza brava uma namorada.
Mas para contarmos esta intrigante e comovente história, temos que voltar um pouco no tempo e entendermos essa relação entre macho e fêmea.
O homem procura uma namorada, uma esposa, uma empregada, passadeira, cozinheira, lavadeira e companheira em jogos de futebol muito antes de existir o ferro de passar, o fogão, a máquina de lavar e o Pelé! Muito antes.
Desde que o mundo é mundo o homem-primata procura a mulher-primata. Passou o tempo e essa relação parece se sustentar. Mesmo com as diferenças físicas, psicológicas, sociais e o fato delas não entenderam absolutamente nada de futebol.
O homem depois dos 12 começa sentir a necessidade de se dar bem, arrumar uma
namorada, transar e depois fumar um cigarro (depois do 18). Isso é natural. Alguns homens, depois dos 12 têm este mesmo desejo só que com outros homens. Mas essa não é a história do nosso amigo.
Com esse "Amigo Meu" era a mesma coisa. Ele queria arrumar uma namorada. Mas o coitado não conseguia. Não era por falta de beleza, afinal o álcool está ai para isso. Não era pelo fato de ser mala, tímido, brocha, manco ou pobre.
Ele só tinha azar. Só isso!
E não é que ele não pegava ninguém também. Ele até ficava com uma menina aqui outra lá, sim. Mas uma morava em Cuiabá, outra em Curitiba, outra no Ceará. Quando ele conhecia uma menina da sua cidade, sua rua, seu bairro ele também tinha azar. Uma era alcóolatra, outra tinha problemas de odores, outra já tinha um namorado, outra já tinha um filho.
E vocês podem até imaginar que eu to inventando, mas não estou. Tanto que eu vou provar com um caso, desses que só acontece com ele.
Sábado a noite em São Paulo. Dia perfeito para arrumar uma namorada.
Nosso amigo está em frente ao espaço Unibanco esperando uma garota para assistirem a uma sessão de curtas que está em cartaz (Vejam que garoto mais eclético). Bom, a garota chega e ela até que está muito bonita, mas a primeira coisa que ela diz é:
- Nossa que bom te ver! Eu precisava mesmo conversar com alguém que me entenda (Olha que rapaz mais compreensivo). O Roberto nunca me entende e acho que desta vez vamos terminar para valer.
Pronto! A noite foi para o saco. Mas eu disse que ele tinha azar, certo? E ele tinha mesmo.
Após um café e um muro de lamentações da menina, finalmente entraram na sessão. Porém as pessoas pareciam ser um pouco diferentes daquelas que assistiam Mostras de Curta.
Ele notou que a maioria eram homens com óculos de armação vermelha, vestindo all stars sempre juntos de outros homens. Haviam algumas mulheres também. Mas elas tinham algo de Cássia Eller no ar.
O suspense acabou logo, quando a responsável pelo evento abriu a sessão especial daquela noite reservada para o Mix Brasil, festival gay que acontece em São Paulo.
Foram quatro curtas um mais gay que o outro. Tinha até um desenho francês de um tal de Candy Boy que lutava contra a devastação da floresta e a morte dos peixinhos do rio.
Lindo, certo? Mas não para um garoto que quer arrumar uma namorada.
Outro dia conto outras dele.
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