24 de junho de 2007

Sra. Alba, por favor, escreva um livro

"O homem antes de morrer deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro".

Tudo começou com uma ligação desesperada e o anúncio do meu amigo: "Dan, meu pai teve um infarto".

Dali algum tempo, sábado à noite, estava na sala de espera da UTI do hospital Albert Einstein.

[Antes que eu continue, permitam-me informá-los que o pai deste meu grande amigo já se recupera bem em casa]. Pois bem. Voltando ao hospital.

Após longas horas de espera por informação dos médicos, resolvi dar uma volta e conhecer um pouco mais daquele hospital, que na verdade, aquilo tudo está mais para hotel cinco estrelas ou shopping Iguatemi do que um hospital.

Cabe falar aqui que o lugar é mesmo impressionante. É tão diferente que você não vê gente cambaleando por aqueles saguões. Nem mesmo um povo com gripe, febre ou dor de barriga. Aliás o que eu menos vi ali foi doente.

Entrei em uma sala com alguns computadores para uso dos "hóspedes" do local. Uma espécie de Lan House dos enfermos.E foi lá que eu encontrei a Sra.Alba.

Conheci a Sra. Alba por causa de uma notícia na Folha de um milionário que abandonou uma Ferrari no meio da Castelo Branco. Fiquei tão besta com a notícia que deixei escapar um comentário mais besta ainda. E a moça pôs-se a falar.

Achei interesse e puxei assunto. E olha que teve assunto hein!

Logo percebi que a Sra. Alba faz parte daquele seleto grupo de pessoas que realmente tem assunto para contar. Em poucos minutos descobri que ela foi jornalista, que foi ameaçada de morte por um falecido político corrupto e, acompanhou dentro da TV, tudo o que a gente só vê nos livros.

Por mim, ficaria mais umas boas horas escutando toda sua saga. Mais eu precisei ir embora. Portanto, tomo esse espaço para fazer um pedido à moça:

Sra. Alba, eu não sei se a senhorita já plantou uma árvore ou se já teve um filho, mas, por favor, escreva um livro. O povo vai adorar suas histórias.

Um comentário:

Unknown disse...

Danilo,
fiquei amarrotada... ou melhor, amarrotada não, fiquei passada, com o carinho dessa sua crônica. Não sou tudo isso, não... só tive o privilégio (uma bênção de Deus) de estar na hora certa, no lugar certo. Ganhei a Mega Sena com outros poucos, tb privilegiados. Só isso.
Já havia pensado, há alguns anos, em um livro mas depois deixei pra lá. Agora, com seu estímulo, vou repensar. E caso role, garanto: vc será o primeiro a saber. Jurado e sacramentado!
Gratíssima.
Beijos editoriais,
Alba Carvalho